Desde o século III, existem registros de que a Igreja Católica havia adotado a teoria do geocentrismo (Terra sendo o centro do universo) como paradigma, mas a partir do século IV, já haviam teorias anônimas, que refutavam esta.
Mas foi somente em 1543, que Nicolau Copérnico, astrônomo e matemático polaco, teve sua teoria publicada em um livro ("Da revolução de esferas celestes"), e a nomeou de Heliocentrismo, que determinava que o sol era um ponto fixo no universo, e que a terra girava em torno dele uma vez por ano, e girava em seu eixo uma vez por dia. Mas, obviamente, a igreja não se sentiu confortável com esta nova teoria, e obrigou Copérnico a negar todas as suas hipóteses.
O assunto manteve-se assim, até que, em 1610, Galileu Galilei, matemático, físico, astrônomo e filósofo Italiano, publicou seu livro, chamado "O Mensageiro das Estrelas", e nele, atestou as hipóteses de Copérnico. Mas isto somente foi possível, porque foi o primeiro ser humano a utilizar a luneta como ferramenta científica. Com esta poderosa ferramenta, Galileu também descobriu as montanhas e crateras da lua, os satélites de Júpiter, e também que a Via Láctea era formada por miríades de estrelas, e, assim, foi consagrado mundialmente como "o pai" da astronomia moderna.
domingo, 21 de setembro de 2014
Luneta usada por Galileu Galilei é exposta na Itália
A luneta utilizada pelo famoso astrônomo italiano Galileu Galilei (1564-1642) para observar os céus está exposta no Museu de História da Ciência de Florença, na Itália. O telescópio teria sido usado pelo pesquisador por volta de 1609 e 1610.
A História da luneta
Hans Lippershey (1570-1619), alemão, fabricante de lentes, foi o primeiro a registrar um projeto de luneta, tornando este invento disponível para uso geral em 1608. Antes dele, já se conhecia o vidro (descoberto por volta de 3500 a. C) e a sua propriedade de ampliar as imagens. Os gregos também já conheciam os espelhos e tinham noções sobre o fenômeno da refração, que foi estudado pelo Monge Franciscano Roger Bacon, anos mais tarde. Por isso, acredita-se que antes de Lippershey outras lunetas já haviam sido construídas, porém não foram registradas.
Em 1609, Galileu Galilei (1564-1642), cientista italiano, teve conhecimento desta invenção e sabendo como era constituída (duas lentes em um tubo), logo a aprimorou e construiu uma capaz de aumentar três vezes o tamanho aparente de um objeto. Depois construiu outras ainda mais potentes, com ampliação de até 30 vezes.
Como vimos, galileu não inventou esse instrumento, mas não inventou esse instrumento, mas da luneta, ao fazer observações astronômicas com ela. Assim, fez descobertas importantes, como, por exemplo, que Júpiter tem satélites e a Lua, montanhas e crateras.
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Vídeo aula
Simples vídeo aula de como funcionam as lunetas e telescópios e suas diferenças.
3:14 à 5:23 - Telescópio
Os tipos de lunetas
Uma luneta é um óculo de alcance para uso terrestre ou astronômico, normalmente pequeno, que fornece imagens direitas. Elas são normalmente classificadas em dois tipos: luneta de Galileu, e luneta de Kepler.
Galileu - É uma combinação de uma lente de pequeno diâmetro (objetiva) ,e de uma lente negativa (ocular), formando assim, uma imagem virtual. São chamadas assim, porque foi Galileu quem, pela primeira vez, utilizou uma delas para observar o céu e registrar suas descobertas. Têm uma imagem direita, porém tem um campo visual pequeno.
Kepler - A luneta de Kepler é muito mais simples e fácil de se construir. Ela é formada por duas lentes de borda fina, com focos coincidentes. Isso facilita a visualização da imagem, pois assim se pode atingir um aumento muito maior, porém, não é ideal para, por exemplo, determinar a localização de planetas ou objetos na terra, porque a sua imagem é invertida.
Luneta Terrestre
É utilizada para observação da superfície terrestre. A imagem
obtida com uma luneta fica ampliada em relação à vista a olho nu, mas não há
uma ampliação real do objeto, e sim um efeito de aproximação,
que resulta na ampliação da imagem.
A objetiva da luneta, fica mais próxima
ao objeto a se visto e é responsável pela qualidade da resolução da imagem e
tem distância focal na ordem de metros, sendo capaz de observar objetos
afastados. A ocular, é próxima ao olho e funciona como uma lupa, ampliando a
imagem formada pela objetiva do instrumento.
Apesar de possuir um funcionamento
parecido com o da luneta astronômica a luneta terrestre é adaptada para
tornar a imagem final direita.
Formada pela combinação de uma lente
negativa (ocular divergente) com uma lente positiva de pequeno diâmetro
(objetiva convergente), pois como os objetos observados são claros, não
precisam ter objetivas de grande diâmetro.
A mais conhecida é a Luneta de Galileu, nela a inversão da imagem é
obtida usando-se como ocular uma lente divergente e como objetiva uma lente
convergente. A imagem I1, invertida, formada pela objetiva,
funciona como um objeto para a ocular (divergente), que forma a imagem I2,
vista pelo olho humano, direita.
Luneta Astronômica
Chamamos de luneta astronômica todo
instrumento óptico que tem por finalidade realizar observações de astros
(planetas) e estrelas. Podemos dizer que a luneta astronômica possui o mesmo
princípio de funcionamento do microscópio composto. O telescópio refrator
trabalha com a refração e a luz passa através uma lente para formar a imagem.
Este instrumento possui uma lente objetiva que capta a luz dos objetos e forma
a imagem no foco. Logo atrás temos uma segunda lente chamada de ocular. A
ocular funciona como uma lupa, aumentando a imagem formada pela
objetiva. O telescópio refrator, também conhecido como luneta, foi
aperfeiçoado pelo astrônomo e físico Galileu Galilei no ano de 1610. O
telescópio utilizado por Galileu era um instrumento de pequenas dimensões e
constituído por uma objetiva cromática ( objetiva formada por uma única lente
convergente ). Este tipo de objetiva apresenta um grave problema
que é a aberração cromática. As diferentes cores que formam a luz branca
são decompostas fazendo com que os diferentes componentes cromáticos
interceptem o eixo óptico da objetiva em pontos diferentes. Assim um observador
que utiliza este tipo de instrumento percebe algumas manchas coloridas em volta
dos astros.
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